Amor, guerra. E o vento.

LÚCIA HELENA DE CAMARGO –

“E o Vento Levou” (Gone With The Wind, Estados Unidos, 1939), talvez o filme mais famoso de todos os tempos, traz uma história de amor arrebatadora e trágica. A efeméride do dia dos namorados nos levou a revisitar essa grande produção.  

Vivian Leigh vive Scarlett O’Hara, moça que não se conforma com seu dia a dia de filha de produtor rural e tem ambições tanto práticas quanto românticas, essas em relação a Rhett Butler, encarnado por Clark Gable. O elenco é enorme, mas ainda na categoria de protagonistas entram Ashley Wilkes (Leslie Howard) e Melanie (Olivia de Havilland), que se colocam no caminho de Scarlett.

Ambientado durante a Guerra Civil Americana, a superprodução completa 80 anos em 2019. Podemos vê-la com olhos mais críticos, se for levado em consideração que todos os negros são personagens menos importantes na trama. Mas à época não ocorreu a ninguém incluir uma discussão desse naipe.

O longa – longuíssimo – baseado no livro de Margaret Mitchell venceu o Oscar de 1940 em dez categorias, incluindo a de melhor filme, melhor diretor e melhor atriz para Vivien Leigh.

A atriz, aliás, não foi a primeira escolha para o papel. Em uma votação popular, Bette Davis saiu vencedora, com Katherine Hepburn em segundo lugar. A inglesa Vivien Leigh teve apenas dois votos no mesmo concurso. Os produtores foram duramente criticados na época, pela escolha de uma britânica para interpretar a americana sulista. Leigh teve aulas com especialistas sotaques para não fazer feio como Scarlett.

Com 238 minutos, o filme teve três diretores diferentes: George Cukor, Victor Fleming e Sam Wood, sendo que apenas o nome de Fleming iria para os créditos. “Se formos atribuir a autoria do filme a alguém, essa pessoa é David O Selznick (que assina a produção)”, opina o crítico de cinema Alfredo Sterneheim. De fato, foi o produtor quem comprou os direitos do livro para levá-lo às telas, e acompanhava com mão de ferro todos os detalhes, do roteiro ao elenco, filmagens, finalizações e divulgação.

Filmada em 137 dias, a saga de Scarlett O’Hara e Rhett Butler alcançou um sucesso estrondoso, mesmo com suas quatro horas de duração, e se manteve em evidência por décadas.

Ainda vale a pena assisti-lo.

Veja em casa

Disponível no mercado em diversos formatos, “E O Vento Levou” pode ser encontrado em caixas comemorativas de DVD e blu-ray, que trazem discos ocupados por extras que mostram detalhes da produção, fofocas da época e os muitos percalços pelos quais o filme passou até ser concluído.

Com imagens restauradas por um processo de ultra-resolução digital, aparecem em cores mais vivas do que as originais. A caixa vem acompanhada de um livreto com textos assinados pelos protagonistas Vivian Leigh e Clark Gable, sobre suas impressões a respeito do processo de produção.

Entre as curiosidades, são mostrados os testes das atrizes que concorriam ao papel de Scarlett O’Hara. Diz a lenda que 1.400 mulheres passaram pelos testes.

Quem gosta de história vai achar interessante o documentário de 11 minutos que narra os motivos que fizeram os Estados Unidos iniciarem a Guerra da Secessão.

Um comentário em “Amor, guerra. E o vento.

Adicione o seu

  1. a primeira vez que assisti era um moleque ainda. a globo passou numa semana ( egunda a sexta). adorável

    Curtir

Deixe uma resposta

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Acima ↑

%d blogueiros gostam disto: