
VANESSA MARCONATO NEGRÃO (TEXTO) E PEDRO NEGRÃO (FOTO) –
Julho chegou. O tom do céu me enche de esperança, as sombras das crianças projetadas nos degraus da quadra me inspira futuro. As painas descolam dos frutos rachados pintando o chão de branco. As pessoas se reúnem em volta da fogueira. Tempo de refletir sobre os sobressaltos da vida, e constatar que somos felizes.
Em casa somos três, três almas muito parecidas em sua ideia de felicidade. Meu filho, embora exista há apenas 6 anos me põe a pensar em coisas inéditas todos os dias, ainda pouco queria saber de quantos meses é feito um século, e mais, se alguém já esteve vivo durante esse tempo pra contar. Também deduziu por si só, que Deus deve ter uma maquete do mundo quando soube da sua onipresença. Pra ele felicidade é algo bem parecido com o que ele tem todos os dias, quando encontra sua amiga Bárbara na escola ou descobre um Pokémon novo.
Meu marido, Pedro tem o coração nos olhos, enxerga o mundo bem mais bonito por conta disso. Canários cantando livres, historiadores desvelando o passado, e carros antigos na estrada o deixam emocionado. Tem a virtude inabalável de amar as pessoas apesar de tudo, sua felicidade vem disso, de não precisar provar nada pra ninguém e nem esperar que façam isso por ele.
Eu sou das que abraça as árvores, e tem o coração eternamente partido pelos absurdos do mundo. A indignação nunca me deixa, motivo da minha inquietação, da minha aposta nas gerações futuras. Felicidade pra mim é poder conduzir as crianças pelas mãos, não pensando no que elas serão um dia, mas pelo que já são hoje. E você? O que te faz feliz?
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