Paulo Gustavo, nasce uma estrela (e que estrela!) no cinema nacional

Rubens Nogueira

Nunca imaginei que um artista brasileiro pudesse ofuscar a predominância da filmografia americana nos cinemas brasileiros. Muito menos um ator que brigou muito para conseguir projeção no elenco da Globo.

Paulo Gustavo: sonho era ser ator da Globo

Mas aconteceu. Paulo Gustavo, com seu filme “Minha mãe é uma peça, 3” arrecadou 140 milhões de reais e se tornou o filme brasileiro com a melhor bilheteria da história, segundo a revista “Veja”.

Ainda segundo a “Veja”, Paulo Gustavo já levou 20,5 milhões de pessoas para assistir o filme, em mais de 1.300 salas do país, superando o badalado “Star Wars”. O sucesso é tanto que a Globo projetou fazer uma série da Globoplay com Dona Hermínia, a mãe do ator e seu personagem.

Traços geniais

O jornal “Folha de São Paulo” do dia 2 de fevereiro publicou uma charge de Saul Gervásio, tão genial, tão original, tão econômica nos traços que achei de publicá-la. Ao lado de textos de boa leitura, os desenhistas contribuem para que o jornal escrito continue a cumprir o seu papel.

Meus bichos queridos (1)

Creio que foi um grande autor americano – o nome dele me escapa – mas não seu pensamento. Dizia ele que a gente não erra nunca se escolher dois personagens sobre os quais escrever – nós mesmos e nosso animal de estimação.

Farei isso hoje, após alguns dias de dolce far niente encarando um tempo de tristeza com a destruição que vem fazendo a natureza – a fúria dos vendavais e aguaceiros, que travaram qualquer esforço para enfrentar a folha em branco.

Foram muitos cães e variada coleção de outros bichos domésticos. Além do melhor amigo do homem, os felinos são as melhores lembranças.

Estou vencendo a inércia de dias e dias encorujado. Devagar, sem açodamento. Hoje é só manifestação da vontade. O próximo texto – espero – já será sobre um desses seres maravilhosos que nos ajudam a tocar a vida.

Meus bichos queridos (2)

Foram, realmente, muitos bichos domésticos ou domesticados. Havia os chamados cães vadios que rondavam nossa porta em busca de comida. E havia os pequineses que Ana Médici ia buscar em São Paulo. Uns cinco ou seis, todos com registro internacional, filhos de um campeão argentino.

Esses deram muitas alegrias e até orgulho meio besta pelo sucesso que faziam com todos os parentes e amigos.

Nós morávamos na “Vila B”, um condomínio fechado à beira do Rio Paraná. Havia muito espaço interno e externo nas casas construídas para trabalhadores que, do Brasil inteiro, chegavam para trabalhar na construção da Barragem da maior usina hidrelétrica do planeta. Para se ter idéia do que foi aquela obra: Foz do Iguaçu era um vilarejo com administrador militar e uns 30 mil habitantes.

O assunto eram os animais de quatro patas. Perdi-me no caminho.

Por falar em animais…

Minha avó Antonia Antunes morava em terras de Nicolau Vergueiro e seu irmão, ambos muito ricos. A propriedade ia da Chácara Vergueiro na rua Barão de Tatuí e alcançava o riacho ao lado do qual erguia-se a Igreja do Pai Caxambu, taumaturgo que figura entre as personalidades históricas de Sorocaba e que já inspirou Paulo Betti, o consagrado ator, diretor e escritor sorocabano.

Lembro-me bem. Nicolau, montado em gigantesco cavalo preto, ricamente arriado, dava uma parada a beira da tapera, a beira do riacho para um dedo de prosa com minha avó, sua protegida. Não descia do cavalo que relinchava depois de alguns minutos parado. Com dona Antoninha moravam os filhos Octavio, Benedito e Antenor.

Mas o assunto era cachorro. Eram dois com nomes curiosos – “Já disse”e “Vou dizer”, quando se perguntava ao Antenor.

Foto principal: divulgação (recorte do cartaz do filme)
Charge de Saul Gervário reproduzida nos termos da Lei de Direitos Autorais

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