Vasos incomunicáveis

Meu coração é a esquina de uma pedra
Rígida
Inerte
Áspera
Trabalhada pelo vento
Esculpida à chuva
Cansada ao tempo
Meu coração descuidado
Resolveu bombear sangue ao infinito
Esqueceu das próprias veias
Que ficaram secas feito pedra
Solitária
Dolorida
Sem vida
Meu coração não tem mais jeito
Jaz em silêncio contínuo
Pulsa por teimosia
A espera
Do que nunca virá

( Frederico Moriarty, junho, 3, 2021)

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