Não investir em Cultura é como rasgar dinheiro

JOSÉ SIMÕES/ SOROCABA. Qualquer cidade, estado ou país que não invista ou trate a Cultura, dentro do orçamento, no âmbito da Economia Criativa esta perdendo recursos, metaforicamente, “rasgando dinheiro”.

Mas a Cultura é capaz de produzir recursos? A resposta é: sim! Atualmente existem informações e dados importantes no campo da Economia Criativa. Ma o que é a Economia Criativa? Em poucas palavras é a denominação utilizada para nomear modelos de negócio ou gestão de atividades, serviços ou produtos desenvolvidos a partir do conhecimento, criatividade, atividades artísticas (musica, teatro, dança, gastronomia, games, cinema, etc) ou capital intelectual de indivíduos com vistas à geração de trabalho e renda.

Na atualidade existem diversos municípios com projetos, ações e modos de gestão voltados especificamente à Economia Criativa. São cidades que buscam a sustentabilidade, o bem estar dos cidadãos e o bem-viver em comunidade. A UNESCO considerando a importância da Cultura desenvolveu um selo denominado Cidades Criativas. São cidades que tem propostas de projetos culturais lastreados pela criatividade e inovação, no sentido de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico, urbano, sustentabilidade destas cidades.

Segundo o SEBRAE “a Rede de Cidades Criativas da Unesco é composta por 246 cidades mundo afora, sendo que apenas doze cidades brasileiras possuem este credenciamento. Um número ainda pouco expressivo diante da diversidade cultural do país e do potencial dessa diversidade para geração de riqueza e inovação. Fazer parte dessa rede, significa estar inserido numa plataforma internacional de intercâmbio de experiências ligadas ao desenvolvimento urbano sustentável, estimulando a colaboração entre as cidades para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.”

A cidade e região de Sorocaba tem agentes culturais e artistas de excelência, portanto, com condições para pleitear ser uma destas cidades criativas. Para que isto possa acontecer acontecer precisamos no mínimo de um projeto definido, uma política cultural e artística com objetivos e metas. Valorizar a as artes, os artistas e a cultura da região.E, também, que os agentes políticos (executivo e legislativo) demonstrassem vontade política no sentido da valorização da Cultura, no âmbito da Economia Criativa.

Entretanto, segundo parte dos artistas, Sorocaba vive um apagão cultural. Não há nenhum projeto sequer para a campo das artes e da cultura no município de Sorocaba, com objetivos e metas mensuráveis. Nem mesmo relatórios quantitativos e qualitativos sistematizados (e publicizados) em relação, por exemplo, a públicos e hábitos culturais no município. O resultado desta ausência de gestão no campo da Economia Criativa no município é que nós cidadãos perdemos na geração de empregos, perdemos na criação de renda, perdemos na inovação, perdemos no protagonismo regional, perdemos no fomento ao bem estar social.

Não é fácil mesmo pensar para além do que já foi feito. É preciso ousadia e coragem para enxergar a Cultura como fonte de recursos, empregos e renda para o município. Todavia não perco a esperança que este tempo possa se instalar um dia na nossa cidade.

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